sábado, 27 de novembro de 2010

Pela má fase que tenho passado e por tudo que me tem acontecido, se me mandares uma mensagem a dar os parabéns, já vai chegar para ficar bastante feliz. 


Ainda fazes a diferença

domingo, 21 de novembro de 2010

A vida e o que dizem dela

Desde pequeninos que ouvimos dizer dos nossos pais, avós e restantes familiares que "estuda para sers alguém na vida". Eles programam-nos para seguirmos as pisadas de biliões de humanos seguem. Isto não é uma crítica, pois estudar e aprender é fundamental, é importante para a evolução e para o conhecimento. Mas algumas coisas são completamente dispensáveis.
Por exemplo, essa frase... Será que se eu não tirar o 12º ano serei menos que alguém que tirou um mestrado? E o que é que é um pai de família, que teve deixar os estudos na antiga 4º classe para ajudar a família a sobreviver aos tempos difíceis que poderiam servir e que agora é empregado num supermercardo ou em algo parecido? É diferente do Primeiro-Ministro, só porque possui menos conhecimentos educacionais que este último?
É o que esta expressão quer dizer e vivemos manipulados à volta desta, vivemos nos desejos dos nossos pais de sermos isto ou aquilo, e que temos que nos sobressair sobre todos os outros seres e de sermos superiores a toda a gente - não partilho dessa opinião. Concordo que tenhamos de marcar a diferença com aquilo que somos e com os nossos actos e com as atitudes que tomamos. Somos iguais por dentro, mas cada um tem uma característica que faz saltar á vista mais facilmente que todas as outras... Isso chama-se dom ou talento. E muitos trocam isso para fazerem outras pessoas felizes menos a si próprios; ou trocam por coisas que não valem a pena ou pela sua liberdade. Esta realidade é cada vez mais comum porque o humano se tornou mais dependente da rotina, do que é moralmente aceite por toda a sociedade e não o que é real para si.
Estas diferenças que temos servem para vermos o mundo com outros olhos e para o aproveitar, mas estamos tão cegos quanto ao que os outros fazem que queremos fazer também. E, no fim, esquecemo-nos do que nos tornava tão especiais e quando tomamos consciência, é tarde demais. Estas nossas capacidades únicas de fazer alguma coisa diferente não tem a ver com ganhar dinheiro, ser famoso ou ser o melhor e o "Special One" do mundo. É algo que fazemos por nos deixar felizes e querermos mais seguir essa tendência singular.
A vida não está escrita em livros, em manuais e em folhas escritas por algum sujeito que de repente decidiu guiar o próprio destino das pessoas. Não são as leis que definem uma sociedade mas a própria vontade dos seus cidadãos de caminhar pelos seus proprios pés e não tomar atalhos, caminhos menos perigosos e de tomar as suas próprias decisões. Os dons trazem o instinto e eliminam a consciência, instalam a impulsividade e expulsam o domínio. A vida é para ser vivida, ao seu ritmo, sem que ninguém interfira, sem que haja uma educação, uma justiça e uma política eternamente corrompida que serve os seus próprios interesses e não os dos humanos. Se somos um, se somos todos parte do mesmo, temos que nos tratar como tal antes que isto tudo desapareça e seja tudo esquecido. A vida é algo perfeito, concedida para ser aproveitada e caminhando de maneira diferente e por estradas diferentes, que nos é dada como um dom. Arrependemo-nos do que foi ou não feito, magoamo-nos, levantamo-nos, caímos outra vez, e no fim morremos. É isto a vida e não deve ser mudada. E não sou um ninguém, sou alguém porque existo e, sou alguém não por ter conhecimentos, não por ter dinheiro e por ter uma grande empresa, mas sou alguém por ter amigos e família, de poder ter felicidade e tristeza, de espalhar alegria às pessoas que me redeiam. Sou alguém por aquecer o coração a outro alguém e de me deixar levar pelas emoções. Sou alguém porque vivo à maneira que eu quero e mesmo que para alguns não seja a maneira correcta para alguns, para outros sou um orgulho e uma boa companhia para se ter sempre ao lado!

domingo, 17 de outubro de 2010

Anda coração, anda

Hoje, quando estava a jantar com uns amigos, uma amiga que lá se encontrava disse-me "o verdadeiro amor não se procura, encontra-se". Eu sabia disso porque há muito tempo que penso nisso; sei que o que ela disse fazia sentido porque, quando se procura, mais se perde.
Como já disse anteriormente no blog, sinto um vazio dentro de mim que não está preenchido, está vazio e com um buraco enorme que necessita de ser cheio. E ontem, algo se passou comigo que nunca tinha sentido antes.

Fui ver um concerto (MUITO bom, por acaso) e, enquanto estava à espera para entrar na sala, encostado à parede da Aula Magna, vi uma rapariga bastante bonita. Tinha pele branca, com um pouco de cor, tinha uns cabelos castanhos e tinha olhos pintados de preto; estava de calças brancas, casaco castanho e por baixo tinha um de cor verde; tinha um belo sorriso e uns olhos bastante encantadores. Parecia bastante simpática, bastante querida. Tinha algo que me fascinava.

Enquanto permanecia encostado à parede, à espera da abertura da sala e a guardar as minhas malas de "trabalho", procurava por ela quando ela ia dar uma volta com a mãe. Por sorte a minha, a última paragem dela foi mesmo à minha fremte e ainda com a mãe. Vi o pai dela chegar e percebi que era músico, tocava na Banda Sinfónica da PSP. Decorei logo a cara dele para perguntar a um amigo meu que de certeza o conhecia.

Peguei nos meus fones, pu-los nos ouvidos e fiquei a mirá-la sempre que podia, sem ela perceber. Mas às vezes quando virava os olhos para ela, os nossos olhares cruzavam e eu escondia a cara... Mas deu-me a impressão de que ela também me espreitava.

A porta aberta e lá avancei, atrás dela. Sentei-me duas filas à frente dela e, quando olhava para trás sorria por a conseguir ver, até um homem decidir estragar a minha bela "visão" e sentar-me mesmo em frente dela, tapando-a. "Perfeito" - pensei eu. Tentei várias vezes olhá-la, mas não consegui. Só mesmo depois do final do concerto, quando me levantei, ainda a vi sentada. Mas ia embora feliz porque ainda a vi e estava satisfeito pois já sabia quem era o pai dela. Consegui arranjar umas informações sobre ela mas ainda me falta descobrir mais umas coisas.


Foi a primeira vez que isto me aconteceu. Estou maluco, totalmente maluco por ter visto alguém como ela. Nunca me senti assim e gostei, gostei de estar assim e à muito tempo que não me sentia assim. Ainda não sei quem ela é, nem a conheço e só a vi uma vez, mas como diz o ditado, «A esperança é a última a morrer» e eu ainda acredito que a posso reencontrar e estar com ela mais uma vez.

domingo, 19 de setembro de 2010

Preciso...

de ti. Resume-se a esta palavra o quanto me fazes falta. Ainda hoje te vi, passados uns dois (?) meses. E mesmo assim ignorei-te. Foi o contrário do que eu sinto mas não consigo dizer-te nada... Tal como tu. Se é para ser ignorado, mais vale nem falar, mas tenho saudades tuas; de conversas parvas, da tua vozinha "sexy", daqueles atrofios cómicos. 
Mas acho que me tornei orgulhoso, quando fiz uma amiga tornar-se o oposto. Suguei esse "defeito" dela e transformei-me naquilo que não queria ser. Mas para ti teve que ser, porque estava farto de te dar tudo e ser posto de lado. De me importar contigo, de te dar o carinho que precisavas, de te dar um sorriso e de te dar a felicidade quando estavas em baixo. Fui eu e, mesmo assim não ligaste e nem notaste que eu lá estava. Mesmo quando eu disse que queria estar contigo e que te amava. 
Mas hoje vi-te e não me apeteceu falar-te, mesmo quando chocaste comigo e disseste "olha o Márcio", eu fingi não ter ouvido, mas sorri-te porque isso deixou-me contente. Embora não te consiga dizer nada e tu olhes para mim com esperança de que vá ter contigo... Não consigo. 

Desculpa por isso, mas tou a arranjar coragem para puxar conversa.


E amei a nossa noite nas Noites da Cigarra. Se queres que te diga, foi a melhor noite da minha vida.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Estou a ficar cansado da minha vida. Não! Não estou cansado do que tem acontecido mas sim, do que não acontece. 
Já há muito tempo que me sinto sozinho, embora tenha muitos amigos e famíliares que chegam e sobram para me deixar feliz. Mas ainda continua a haver aqui um espaço vazio que nenhum desses consegue preencher. E tudo porquê? Porque não é a sua função. 
Falta-me apenas uma pessoa, uma rapariga para me dar aquilo que eles todos juntos não conseguem. Sei que me faz falta porque já tive isso uma vez e sei que era bom, quente e harmonioso. Transmitia-me confiança, dava-me alegria, trazia-me forças e jamais me deixava em baixo. Mas quando a outra pessoa se vai, entendemos que sozinhos não conseguimos nada e, como um puzzle, sem uma peça ele não se completa. 

Resumindo, ando desesperado e ando à deriva, porque não sei mesmo o que fazer. Já tentei várias coisas, não tentei tudo, mas já ando a ficar sem vontade visto que não estão a funcionar. E, para ajudar à festa, ainda vejo amigos meus a se juntarem e a ter alguém ao seu lado... E quando olho para quem está perto do meu ombro, não vejo lá ninguém.

Se calhar a culpa é minha, que devia mudar... Mas mudar o quê? Tento ser paciente e não arriscar logo, mas prefiro jogar pelo seguro e não estragar uma amizade por amor. Mas é chato, mas não é esta a melhor palavra. É desolador esta situação toda. Mas eu sei disto porque também já tentei dar um passo mais rápido do que os que costumo dar e, o resultado não foi o que eu queria - aliás, ela ficou com medo de estragar a nossa amizade e no fim acabou por ficar sem falar comigo durante 2 semanas. Mas depois acontece isto: não sou rapaz de muitas mulheres, sou de uma e quando gosto, gosto a sério. E embora esta "tampa" me tenha entristecido e bastante (e já lá vão uns bons meses), ainda continuo com a panca por ela. Pois é, não basta levar uma chapada para aprender; é preciso sangrar e mesmo assim, ainda fico com o pé atrás e acreditem que demora. 

Mas é assim. Ela é linda, mas nem é por isso, é pelo que ela me faz sentir... Damo-nos mesmo bem e quando estamos juntos é mágico. Adoro tanto, e fico durante dias com um sorriso no rosto. Neste momento não falamos à imenso tempo mas aqui admito, sou culpado. Não lhe mando uma mensagem, não falo com ela nem vou ter com ela. Tornei-me orgulhoso e criei a ilusão de que ela só fala comigo quando precisa. A verdade não é essa, eu é que tenho medo de tentar, de errar e de não conseguir. Não suporto a ideia de sofrer outra vez, de andar a chorar e encostado a um canto completamente re rastos. Deprimido e com ar de morto, por favor, não mais. 

Mas ela... Só eu sei o que ela me faz e já quis tentar várias vezes e gosto bastante dela, mas tenho receio de sair magoado, porque até mesmo um "não" me assusta.

É só um desabafo, mas já à muito tempo que tinha isto guardado e era preciso libertar-me dele. Obrigado!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Conselho de Livro

A Cabana de Wm. Paul Young


"Quando a tragédia se confronta com a eternidade as respostas podem ser avassaladoras!

As férias de Mackenzie Allen Phillips com a família na floresta do estado de Oregon tornaram-se num pesadelo. Missy, a filha mais nova, foi raptada e, de acordo com as provas encontradas numa cabana abandonada, brutalmenta assassinada.
Quando anos mais tarde, Mack, mergulhado numa depressão da qual nunca se recuperou, recebe um bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à malograda cabana.
Ainda que confuso, mack decide regressar à montanha e reviver todo aquele pesadelo. O que ele vai encontrar naquela cabana mudará o seu mundo para sempre."

"Esta história deve ser lida como se fosse uma oração - a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler, leia A Cabana." (Michael W. Smith - cantor e compositor de música gospel)

 "É o sonho de qualquer autor: começar uma edição própria e atingir este nivel de vendas. As pessoas não estão propriamente preocupadas com o quão ortodoxa é a teologia. As pessoas envolvem-se na história e deixam que o livro lhes desafie as emoções." (Lynn Garret - editor de religião da Publishers Weekly) 

"Li A Cabana durante um periodo de transição muito complicado na minha vida. Esta história abriu as portas da minha alma." (Wynonna Judd - cantora) 


Comentário

Quem me indicou este livro foi o meu professor de piano do conservatório. Ele não me explicou o que era e disse que, se eu estivesse mesmo interessado em saber a história por detrás do título. Corri logo no dia a seguir até à Fnac para o comprar... Sabia que não me ia arrepender porque foi o meu professor a indicá-lo. Tinha confiança total nele e, sem mais demoras, comecei a ler logo nas aulas. 

A Cabana não é um livro qualquer; por dentro de cada página é contado o maior desafio que um homem já teve, a morte da sua filha mais nova. Após vários anos sem sucesso de superar a angústia e, permanentemente a culpar-se pelo tal acontecimento, surge-lhe em casa um bilhete, que o remete a voltar à cabana onde provas do assassinato da filha surgem.
Desconfiado de uma brincadeira de mau gosto, fica apreensivo a deslocar-se à montanha, mas rapidamente muda de opinião. Sem contar a ninguém, embarca numa viagem para encontrar o responsável da carta, tomando as devidas precauções. 
Ao lá chegar, assusta-se e acha inacreditável a visão e os acontecimentos que nascem na floresta. Para ele, tudo o que vê é impossivel mas, aos poucos, aceita que tudo o que lhe rodeia é realidade.


A Cabana é um livro que traduz a conversa de Deus com o Homem e o porquê de tudo o que acontece actualmente ser (ou não) culpa de Deus. É capaz de mudar a cabeça de uma pessoa, e tomamos consciência da nossa vida e do rumo que ela leva.

Aconselho este livro a toda a gente porque é capaz de mudar a visão das coisas. Através do inexplicável, descobrimos que tudo o que está no livro é verdade e depressa nos apercebemos que podemos mudar, se quisermos

domingo, 22 de agosto de 2010

Jamais me encontrarei, estou perdido para a eternidade. Fui à tua procura, minha própria consciência, à procura de ti que me tiraste do sério e te recusaste a entregar-me o que me tornava são. Estou tão doente e percorro este caminho escuro, infinito e inesgotável. 
Foste tu que te negaste a mim e tudo aquilo que tiraste de mim não usas. Tens apenas a fama e não o proveito. Não tens o proveito de tudo o que te poderia tornar tão mais bela do que és, trazendo-te até ti, minha alma, a outra metade de ti que procuravas; mas não... preferes teres o que de mim restou guardado numa caixa que carregas contigo para todo o lado que vais. Eu não vejo, mas sei. Sinto-o e ele chama por mim e, cada vez que estou mais perto sinto-o palpitar na prisão que tu o meteste e, quando o estou quase a alcançar para te puder entregar pessoalmente, foges, escondeste e finges que eu não existo. 
Mas eu sei, eu sei o quanto tu choras por teres partido, por teres tido a ganância de queres tudo para ti.. Querias o bem que eu te podia dar, querias o amor, a paixão e as lágrimas, mas não me querias a mim. Então partiste e eu vi-te afastar cada vez mais. Um passo que eu dava até ti eram dois para trás e, então parei de me mexer. 
Mas eu ainda oiço os gemidos que fazes quando te torturas por dentro e consomes o teu ser, porque eu ainda aqui estou. E és indecisa porque não me queres mas se desaparecer, tu perdes a esperança que te dei e perdes a vida que te entreguei. 
Agora estás sozinha mas negas-me o consolo de te cheirar, de te tocar e até a coragem de te tocar nos lábios com os meus, pois ainda te podiam fazer despertar os sentimentos secretos que estão dentro de ti.
Mas hei de chegar até ti, nem que seja na Morte e nessa altura, dou-te um abraço e desejo-te as boas vindas à minha vida.

sábado, 21 de agosto de 2010

Meu Bem!

Era praticamente inicio do ano novo quando a tua presença se tornou constante. A nossa história não começou da melhor forma, porque a razão das nossas conversas não vinham de algo muito feliz. Já antes nos tinhamos falado mas, foi a partir de uma visita a uma amiga nossa, que nos começámos a falar mais a sério. 
No início gozavas com o meu pobre nome (sim, não é lá muito agradável e é motivo de chacota) mas criámos um com o outro uma ligação algo forte logo no início. Embora as conversas tenham sido as mesmas ao longo de umas semanas, sempre a bater no ceguinho (ou nos ceguinhos), rapidamente tornámo-nos confidentes um do outro. 

Agora, és inegável, és para sempre e és a melhor. Houve uma vez que te disse que haviam dois homens na tua vida e eu era um deles, mas mais como amigo. O teu coração pertence a outro e não a mim mas, se tivesse nas minhas mãos, eu fazia-te a rapariga mais feliz de todas porque mereces. 

Mil obrigados não chegam; todos os mimos, beijinhos, abraços e festinhas do mundo não transmitem o quanto gosto de ti. É algo que nem eu sei explicar, nem o que é sentido me diz o que é realmente, mas é algo tão grande que sozinho move montanhas e que contigo é capaz de mudar o mundo. Deixas-me tão feliz, tão seguro, quente e protegido.



Se é isto que se chama verdadeira amizade, então eu quero ficar assim para sempre e manter para sempre o teu brilho comigo porque tu, estarás sempre lá, bebecas J.






E para ti...

 

Sem título

Eu gostava de ter estado contigo para sempre, mas acabou. O sempre não existe mais porque o fim nos abraçou. Estava tudo tão bem até o tremor se envolver. Então, parou tudo, deixei de ouvir, mexer e falar. Deixei o que nos movia e cai na minha própria felicidade. Deixei-te cair, anjo frágil, no pior de mim e de lá não te consegui tirar porque, ainda hoje, teimo em te manter comigo. Falsa esperança invade-me a toda a hora, a mente corrompe-se pelo secreto desejo infinito do sempre. Desejo continuar a enlouquecer-me porque habituei-me à tua ausência e sinto medo disso. Tenho medo de errar sem ti, medo de me perder e de falhar na minha existência. Como é que tu, um dia me tornaste perfeito e agora, me tornaste absurdo? Sabes que ainda te falo? Ainda escuto o silêncio à procura de uma palavra tua, que se soltara de uma frase tua sem destino, mas apenas oiço vento, porque há quem queira que eu não te sinta mais. Assim torna-se impossível, mas eu sonho e tu ainda estás nele. O que fazes aí perdida na minha insanidade, na minha própria penúria, que não te leva senão ao pesadelo infinito de estar. Com isso não sais do caminho, meu corpo.
Para quê deixar de respirar, para quê me sufocar, afogar e fugir, se a própria morte já à muito que anda comigo?


sexta-feira, 6 de agosto de 2010


Muito tempo passou desde que escrevi o meu último post. Queria que fosse uma dedicatória à minha Andreia, mas o tempo que tinha para isto foi diminuindo, até se tornar praticamente nulo.

Este não é um blog para todos, é um blog para mim. Não sou daqueles que anda a comentar vários blogs, nem paciência tenho para isso. O meu blog não é para ser conhecido, é para ser sentido. Por mim e por quem está "destinado" a ler. Como tal, sei que não são muitos os seguidores, mas quero agradecer a todos.

Este é o meu primeiro post, após uma longa ausência, que está cheia de coisas novas, vivências e de acontecimentos recentes da minha vida.

Na quinta-feira passada acordei com uma notícia que me deitou abaixo e, ainda foi capaz de deixar Portugal no meio da tristeza: Havia morrido o actor António Feio.  É verdade que muitos não o conhecia pessoalmente e, mesmo nunca o tendo visto, para mim é um pequeno "herói". Um ano antes, foi-lhe diagonosticado um cancro no pancrêas, deixando-o praticamente às portas da morte. Mas ele, para conseguir contrariar esse irremediável "terror", deixou ecoar esta expressão no coração de cada pessoa: "Eu se pudesse matava o bicho a rir". 
Numa pequena frase, conseguiu resumir um dos bens mais preciosos que o ser humano possui, e que está a ser esquecido e a ser posto posto de parte, numa prateleira que mal se consegue chegar e dificilmente arranja coragem para lá ir.
Num trailer de um filme, apareceu uma mensagem que agora anda a circular a internet e anda a marcar presença no espaço de cada família portuguesa: "Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam. E não deixem nada por dizer, nada por fazer...". 

Como resposta a esta frase, quero dizer que, à pouco tempo fiz isso mesmo. E não foi só uma vez, foram várias, várias as tentativas de assegurar que dizia tudo às pessoas certas, para que, num momento qualquer essas mesmas se lembrassem de mim. Com o tempo, vamos crescendo, tornamo-nos mais velhos e responsáveis. Mas e as consequências disso? Negamos as pessoas que já nos foram queridas, esquecemos amizades e negamos acontecimentos, ignoramos gente, tornamo-nos frios e rígidos para com os outros e, consequentemente para nós próprios. Assumimos a personalidade da pessoa que sempre tivemos medo, a pessoa adulta. Já não há liberdade e a cabeça é que comanda o que desejamos. Mas e então, o que é feito das brincadeiras, da diversão e, principalmente dos nossos sonhos? Mesmo isso abandonamos e porquê? Qual é o mal de sonhar em ser aquilo que sempre desejamos ser? Temos que ser assim? Porque é que abandonamos tudo aquilo que nos deixa feliz por algo que é uma réplica da felicidade? Trocamos o real pelo irreal, a vivência pela rotina, o sorriso pela clonagem psicológica e social. Somos escravos da idade e não nos libertamos... Mas e porquê? Porque somos duros uns com os outros, negamos a esticar a mão àqueles que nos protegeram e, só porque um dia fizeram algo de errado, temos que os ignorar? A que preço isso é feito? Onde está a felicidade ao ignorar uma parte nós, dizendo que não existe mais?

É isto que o ser humano se torna, transformamo-nos no nosso pior pesadelo. Esse actor, que fazia todos se rirem, não é nada mais nada menos do que um homem contra a própria espécie. Mesmo eu tento fazer o mesmo, é dificil, mas não quero ser uma máquina completamente manipulada pela sociedade e seguir uma linha de acontecimentos já estipulada. Quero ser eu mesmo, perseguir um sonho, imaginar coisas já esquecidas para que, mesmo não sendo depois vividas, eu possa recordá-las com todos os outros que estão à minha volta. Quero viver a minha vida à minha maneira, o melhor que posso. 

Mas com isto tudo, tentei dizer o que verdadeiramente sentia à pessoa que mais gosto. Disse isso com o prejuízo de um afastamento de um tempo que me deitou abaixo, tão em baixo que só com os meus amigos me levantei. Tentei fazer aquilo que eu sentia e, mesmo que tenha acontecido o que se passou, não me arrependo, pois nesta vida não quero deixar nada por dizer. 




Obrigado por tudo!

domingo, 11 de abril de 2010

Ergue-te e triunfa


Mais um texto para ti, para ti minha Pequena, que todos os dias falo contigo por intermédio de sonhos, estando eu acordado ou adormecido. Mas falo contigo, mesmo tu não estando presente. Não preciso de palavras para alimentar o sentimento que em mim reside, guardado, camuflado e protegido pela minha pele, carne e osso. É impossível penetrar e, apenas eu, detenho a tal chave que faz abrir as portas da loucura, da insanidade, da demência mental e da perfeição. Se, o tal de perfeito existe, se o tal de "sem erros" vive no nosso meio, então esse apenas poderá ser encontrado no Amor. O Amor não tem falhas mas nós humanos temos, temos tudo menos o perfeito. Adoptamos esse sentimento, essa Paz de Espírito e modelamo-nos, apegamo-nos ao estúpido e ao abstracto, sonhamos e deixamo-nos levar por tudo e por nada.

Por tua causa, tua grande culpa, tento esquecer o imperfeito porque, não fora mas dentro de ti, tens uma imensidão de coisas boas que nem tu imaginas, coisas essas que me fazem transformar no que mais desejas e no que mais temes. Quero chegar a ti, a ti e só a ti neste momento e, além de mim, és a pessoa que mais sabe. Mas escondes-te, como eu me escondo e como a perfeição se esconde. Esconde-se dentro de nós onde nós nunca ou raramente entramos. Sabes porquê? Porque é o sítio em que nós nos sentimos mais seguros, mas tu, como tal todos os outros pecas por isso, por gostares do perigo e nunca do Bem. Esconde-se no "Coração Sentimental", o local, o lugar onde a perfeição alcança o seu auge e onde, tudo o que nos foi ensinado para o Bem está. Está e, como humanos que somos, dotados de consciência venenosa e demoníaca, estragamo-nos e esquecemos o valor e para aquilo que fomos feitos. Tal como um pássaro foram feitos para voar, nós fomos feitos para amar. Mas já não sabemos mais o que é isso, nem eu, que escrevo tudo isto, escrevo tretas embalsamadas num perfume divino e traiçoeiro, dos quais génios loucos todas as semanas enfiam na minha cabeça, abrindo estradas para o Coração. Agora, eu sou de livre trânsito, onde tu podes navegar por entre as minhas ondas da paixão e, onde eu já consigo quase alcançar, encontrarás a aventura de que necessitas e que tanto incentivas a chegar até ti.

Não quero o fora, quero o interior, o escondido e o invisível. Quando tu procurares isso, tudo o que não é observável poderá ser visto pelo teu olhar nu e cru. Basta acreditares e esticares a mão a tudo aquilo que te diz baixinho por entre o deserto que te invade "Confia em mim e tudo estará bem". 

Bem sei, que vives sobre a palavra confusão mas, o destino trouxe-me até ti quando os nossos mundos teimavam em desabar tal e qual as peças de lego com que brincávamos. Mas encontrámo-nos e achámo-nos no meio de toda a treta que nos circundava e nos sufocava sem dó nem piedade. Era tudo o que menos queríamos quando, tempos antes, ainda imaginávamos a vida perfeita. Pouco a pouco, pegaste nas peças caídas no chão molhado pelas lágrimas da minha alma e montaste-as. Uma a uma, formaram um Castelo sem muros, para que qualquer pessoa pudesse lá entrar e tu, sentada ao meu lado direito, ias assumindo cada vez mais o papel de Rainha do meu território, ajudado e montado por ti. Além de que, atrás de ti, vinham os ventos e os calores que anteriormente habitavam o meu Reino. Libertaste o que eu esquecera, o que trancara a 7 chaves num cofre isolado no meio de uma ilha esquecida e abandonada pelo tempo e por mim. Mas trouxeste o mapa e, novamente, contigo a chave que podia abrir o meu sorriso para o resto do mundo.


Agora? Abro-te os braços e desejo-te as boas vindas a casa, à nossa casa que construímos juntos e que não irá desabar porque, o perfeito, é algo que nunca acaba. E contigo, nada é um tempo perdido, minha Pequena M :)

quinta-feira, 8 de abril de 2010



Indignado, furioso, chateado, zangado, violento, mal-humorado, REVOLTADO. 

É este o estado em que me encontro agora e o qual é irei para a cama hoje. Razão? Cada vez estou mais desiludido com os humanos, triste e bastante em baixo por isto tudo. Como poderei eu, viver de cabeça erguida e ter orgulho de ter nascido Homem, se no mundo que nos rodeia o mesmo Homem não vive à base de respeito, não vive à base de igualdade, não vive à base de Amor?

É triste e lamentável que toda esta "política" hierárquica tenha feito esquecer os valores importantes e substituir o afecto e compaixão por guerra, violência e gozo à moral e à ética.

Como poderemos nós, seres mais completos, mais hábeis, de viver em completa harmonia, se nem os da mesma espécie somos capazes de tratar com o devido valor e carinho que antigamente era tão importante e eram punidos aqueles que não correspondiam a isso?

Somos tão horríveis, somos cada vez mais monstros manipulados pelo mal. Se o mundo acabar mesmo em 2012, desejo que seja em jeito de tortura e que fosse bastante frio e cruel.

...

Ah, meu Deus! Como eu cada vez mais desejo que o arrependimento matasse, que as pessoas percebam que o que é mau está cada vez mais presente e abram os olhos, abram os olhos antes que seja tarde demais. Como me sinto frustrado por ter nascido, logo agora que tudo foi posto de lado, que usaram e abusaram do bom senso e do sentimento de todos os seres humanos que no nosso globo caminham e trocaram tudo isso pelo poder, pela ganância, pela posse e pela própria destruição. O egoísmo presente no nosso dia-a-dia é mais presente que a própria família, amigo ou namorado.

Largámos tudo e, qual foi o resultado? A morte. A morte diária, em forma de solidão, fome, desespero, doença e de perversão. 

Estou tão inquieto e vermelho de raiva, por quanto mais se tenta dar o que falta neste mundo, quando se tenta dar o Amor que é pedido por cada coração, de repente se torna um vazio escuro, fundo e medronho e, logo de seguida, é rejeitado. 

Para quê, então, continuar a usar o Amor para culpar os beijinhos e abracinhos que por aí se dão, se se esqueceu e se perdeu como amar?

Para quê nos esforçarmos por gostar, por querer e tentar fazer feliz a nossa cara metade, quando no fim, só nos leva ao terror, à ameaça e ao pânico?

A culpa é nossa de tudo o que se passa, porque abdicámos de tudo o que é maravilhoso para nos sujeitarmos à liberdade e ao consequentemente egoísmo. Perdemos de vista então tudo o que nos fazia feliz e escolhemos o individual em vez do colectivo. 

Estou farto de hipocrisia, de ganância, de tanto e tanto desespero existente no nosso quotidiano. Só quero que tudo acabe Agora e que, por favor, tragam aquilo que já foi nosso de volta. 



É o que desejo!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Porquê?




Porquê? Porque é que és tu, tu mesmo, sem tirar nem pôr que me deixas inquieto, inseguro e totalmente desamparado, como se me tivesse transformado num trapezista e atravesso uma corda, de uma ponta à outra, sem qualquer rede para me amparar a queda? 


Porque é que és tu, em quem eu confio, em quem deposito toda a minha confiança e a que me entrego, que me apunha-la pelas costas, me trai, me intimida e me faz afastar de tudo e todos?


Porque é que teimas, tu, em fazer-me mal e a não deixar a felicidade chegar a mim, que tanto eu preciso, transformas o bem em mal e mudas tudo à tua volta a teu belo prazer e contra a vontade dos outros?


Porque é que fazes virar as costas das pessoas que juraram se amar, se entregar de corpo, alma e coração uma à outra, deixando toda a magia se transformar em vazio e numa infinita queda?


Porque é que tu insistes em trazer todo o horror que substitui tudo o que devia ser perfeito, angelical e tão majestoso, levas ao desespero, ao horror, ao medo, à punição e à completa tortura interior, brincando e jogando com todos os sentimentos e emoções que nós partilhamos com todos os outros, mostrando seres doentio?


Porque é que tu, sim tu, continuas a espalhar a maldição, a doença, a loucura e a obsessão, violando todas as regras de conduta e não é condenado pelo mal que fazes?


Porque é que tu, que devias ser tão esplendoroso, és tão horrível?


Porque é que tu, Amor, existes?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Music is Fantastic


Não tenho a coragem para te dizer que te amo, não é mesmo por falta de lata mas sim, porque não te sei como o dizer. Estou aqui tão escondido e sei que, se continuar estacionado neste preciso lugar, vou-te magoar e deixar-te bastante triste. Não quero isso, mas não sei como to dizer.


Estou a imaginar a forma perfeita de te dizer tudo de novo, como se fosse uma pequena surpresa e como se, nós os dois, vivêssemos um conto de fadas ou então, fizéssemos parte de uma peça teatral que eu e tu alguma vez ansiámos fazer parte e viver. Amava poder dizer-te tudo, ao som de All I Ask of You, uma música tirada e representada no Musical Fantasma da Ópera.

Para mim era tão belo e simplesmente mágico, agarrar-te na mão, encarar-te de frente, encostar o corpo ao teu. Por detrás de nós, à luz da lua e vigiada pela estrela, estava uma orquestra recheada de músicos de instrumentos diversos e rodeada de paixão e ternura, que eram emitidos pelo cantar dos vários seus objectos e soltados pelo esplendoroso e gracioso movimento que os instrumentistas efectuavam, como se de uma dança se tratasse.

Contigo e com todo aquele magnífico cenário que nos rodeava e nos cercava, pedia-te para cantares comigo a mais bela canção de amor e cantar toda aquela música que já acima disse. Fazer um dueto contigo que iria continuar para o resto da vida, guiada e segura no meio de todas as mais belas melodias que o mundo tem. Aí, nesse preciso momento, iria experimentar os teus preciosos lábios, irei tocá-los e toda a Harmonia existente se soltará e voará até aos corações de todos os outros seres do globo.


Por fim:

...

Love me,

It's All I Ask of You...



sábado, 3 de abril de 2010

Sente!



Ela ficou no mesmo sítio de antes, sem se mexer, sem levantar o rosto para me olhar. Tentei fazê-lo de modo a mostrar-lhe o outro lado da Vida, toda a beleza que ela emana e irradia nos corações de todos os seres. O amor existe, existe em todo o lado deixando-nos tão confusos e sem nos fazer perceber qual será o significado da nossa existência.


Por favor, olha para mim..


Não olhas! Não queres ou simplesmente não consegues, como se eu estivesse coberto por uma energia tão forte negativamente que a tua cabeça pesava só de pensar em se levantar. Não te sei o que dizer mais, não sei o que queres neste momento - ou mesmo quem queres. Podes ficar no sítio em que sempre ficaste, sempre estiveste, sempre viveste. Não te tiro daí nem te peço para saíres. O que tu fazes és tu que comandas. Eu vou continuar no meu lugar sem te incentivar a vires ter comigo, pois às vezes queres, outras vezes preferes estar quieta, sentada, perplexa a olhar para o chão, para os meus pés, sem a coragem de me enfrentares cara-a-cara. 

O cobarde sou eu, por ter-te dito que te amava. Cobarde fui eu em não ter guardado isso para mim e ter-te feito acreditar e sonhar. Cobarde mas sincero porque disse-te a verdade, mas não me mexo do mesmo lugar. Paralisei-me e não sei também como agir. Não te quero deixar mas, no entanto, não te quero perder. Estou num dilema tão grande embora saiba que a minha vida não depende disso. O que depende, é a minha vida contigo e isso não quero arruinar mais. Não sou eu o vilão nem aquele que te quer mal. Sou um daqueles teus conhecidos, tão bem conhecidos, que te querem o maior bem possível. Pertences a mim, és como um novo órgão essencial à minha vida. Costumo pedir para não dizeres nada mas sentir. 

Podes andar fugitiva, mesmo eu o estou também. Mas quero assim, quero para não te poder levar comigo e obrigar-te a esquecer o resto. Não quero que esqueças, porque quero viver o resto contigo. Sou capaz de amar, amar loucamente e vivo para apenas uma pessoa. 

Agora, eu canto sem ti. No palco, apenas estou eu, sentado numa cadeira velha pronta a desabar. Aí por baixo está tudo pelo que já passei. Tal como tu passaste e conheces-me tão bem. A cadeira está prestes a partir-se novamente e tão rapidamente não arranjarei uma nova. Sou cobarde, tão cobarde e culpado de tudo. O que aqui escrevo não te consigo dizer por palavras, à tua frente e olhando-te nos olhos. Fazes-me a maior falta possível. Só quem nunca sentiu falta é que não sabe o que isto é e, quem nunca sofreu, não imagina as coisas que eu e tu já passámos e o que crescemos com isto. Tentarei arranjar a canção ideal para ti, mesmo que tenha que escrever uma do princípio ao fim, ou melhor, sem fim, porque contigo quero que nunca termine. 


Olha novamente para mim, só te peço isso mais uma vez. Dá-me a tua mão. Desejo isso todos os dias...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

(Des)Inspirado


Já há muito tempo que não estava assim. Hoje, admirei-me comigo próprio - não estou com pachorra nem estou com a "musa inspiradora" do costume para me ajudar a escrever um texto gigante. Possível solução? É isso, uma bela noite de sono, visto que esta semana foi TERRÍVEL para ter um bocadinho debaixo dos meu lençóis e ter os sonhos malucos que ultimamente me têm invadido. 

Mas falando em musas e inspiração, talvez tenhas sido tu a culpada de me teres deixado num estado tão seco que já tentei escrever três textos de temas diferentes e o resultado foi... apagados. Completamente inutilizáveis e sem ponta de coerência possível. Calma, és culpada, mas não tens culpa. Ou seja, o que se passa mesmo é que estou com umas saudades loucas, tremendas e quase irresistíveis de te ver e de ter uma daquelas conversas que proporcionaram, a nós os dois uns meses completamente inesquecíveis. Não só conversas mas pequenos olhares e um caminhar conjunto por sítios que conhecemos tão bem e que, algumas vez o fizemos juntos. Digo todos os dias que quero estar contigo e, nestas férias, queria acreditar mais ainda de que era capaz. Não te estou a obrigar, mas sabes como sou - para mim tudo é possível. Tudo o que te consigo fazer são textos que demonstram todo o estado em que me encontro (a Joana Santos diz que sou um revoltado). É claro que não, não posso ter tudo o que quero, ou melhor, não posso ter tudo o que quero agora e ao mesmo tempo. Devagarinho se chega ao longe, tenciono levar isso à letra e, como em tudo o que está presente no dia-a-dia, também isso se refere a ti. Prefiro afastar-me e deixar-te respirar, porque és escorregadia que nem um peixe e, como tal, se te tirarem de dentro de água sufocas e isso eu não quero. Vês mesmo? Só tenho coragem de te encarar com textos deprimentes, mas cada palavra que aqui encontras é do mais puro do que te já foi dito. 

Não te estou a mentir, nunca fiz tal para ti ou contra ti. O problema é que quando amo, me apego muito à pessoa e não a consigo largar durante uns tempos. Quero dizer-te aquilo que já te disse tanta vez: Amo-te. Amo-te agora o suficiente para te fazer sonhar e depois disso, concretizar todos os sonhos e desejos que mais queres ver realizados. Vou fazer de tudo para que tal aconteça, contigo ou sem ti, porque tu mereces isso tudo. 

Desculpa este texto não estar tão elaborado como os outros, mas a justificação está escrita acima. Até amanhã, minha pequena.

quinta-feira, 1 de abril de 2010


Tenho andado para te escrever um texto à imenso tempo. Não mereces tal cortesia nem mereces que eu perca o meu tempo para te dizer alguma coisa. Não é por isso, apenas porque não quero que te destruas a ti mesma e a todos os que estão à tua volta.
O que eu sei de ti pode servir para escrever mais de um livro que possa, por ventura, preencher um pequeno espaço na prateleira de uma biblioteca. Não quer dizer que esteja cheio de paixões vistas e revistas pelo tempo.Não, apenas porque no leito da nossa existência existiu uma palavra, um conceito ou uma vivência que poucos a conseguem reter. Existiu uma História, não daquelas que servem para contar ao mundo, mas sim, uma História que, no meu ver, poderá nalgum dia da nossa existência, servir como exemplo para os que aí vêm para nunca desistirem, para nunca deixarem de lutar e levantar sempre depois de uma queda.

Mais uma vez, escrevo-te isto não para mim mas para ti. Não sei se verás e acharás completamente ridículo todo o absurdo que este texto representa, mas até nos meus sonhos vivem pessoas preocupadas contigo e que, recorreram a mim, a pessoa que mais "próxima" está de ti para te falar. Falar o quê? Falar do que tu és agora e do que eras no passado. É verdade que as pessoas mudam, mudam para se puderem adaptar ao nosso presente e às pessoas que nos rodeiam; também eu mudei, mudei tanto que nem tu imaginas e, mesmo aqueles que estão comigo todos os dias notam. Mudei para mim, de tal maneira que dava para te assustares e teres medo de me encarar de frente. Não sou um delinquente, continuo sempre calmo como fui e bastante divertido, mas tenho "poderes" novos que nem mesmo tu entenderias. Arrepio-me eu, só de pensar nisso, cresci e nem dei conta. Mas ainda bem, por talvez agora te possa ajudar.
Falando dessas personagens dos meus sonhos, ou melhor, referindo-me apenas a elas sem as identificar, elas suplicaram por ti e para que te ajudasse a mudar para aquilo que antes era. Todas elas se queixaram de ti, todas elas pediram, somente a mim, para te ajudar, sempre dizendo que era o único que o conseguia fazer. Não percebo o porquê disso, mas sinto que posso voltar a fazer a diferença. Todos os dias estás a perder uma parte do que te fazia única, a melhor. Agora? És praticamente vista de lado até por aqueles que dizias serem teus amigos. Esses sonhos tinha-os todos os dias, durante uma semana seguida. O único significado possível que tiro daqui é que eu tenho o dever de deixar tudo no lugar e por no sítio a que cada coisa pertencia. Assim, viverás a tua vida como de antes e é essa que, mesmo eu não estando contigo de todas as maneiras, sinto que tens saudades, porque foi nessa época em que tu conseguiste viver o teu máximo. Lembra-te só da promessa que nós fizemos e recorda o que era bom então.


Não te peço mais nada, só isso

quarta-feira, 31 de março de 2010

União




Texto escrito no meu primeiro blog, com algumas alterações.


Quem somos nós?

Realmente esperamos que a vida traga algo de bom para nós, mas esquecemo-nos que para isso acontecer, temos que trabalhar todos os dias. Não me refiro ao aspecto físico ou mental - estou a falar na realidade de todos os dias – trabalhar as pessoas. Somos brinquedos de um senhor nenhum, não sabemos na realidade de quem somos servos, ou se somos donos, mas a verdade é que o ser humano é das espécies que mais varia em termos pessoais: ou somos bons, ou somos maus, ou não sabemos o que isso é, ficamos indiferentes às pessoas e não nos importamos com quem quer que seja. Pensamos demasiado com a cabeça e nunca com o coração, nem deixamos os instintos apoderarem-se de nós; grande erro nosso, pois é daí que vem toda a nossa coragem e a verdadeira felicidade humana.

Todos os dias vivemos dentro de um ciclo vicioso, somos umas máquinas, a fazer o mesmo todos os dias, obrigados, o que nos traz desânimo, pessimismo, tristeza e absoluto desespero. Não paramos para respirar fundo e sentir o fresco e puro ar que nos rodeia, não temos tempo para sorrir a uma pequena criança nem sequer para desfrutar do grande contributo que a Natureza trouxe ao nosso mundo, seja animal, seja vegetal.

A vida, não é nada mais, no meu ver, do que tudo. Cada momento passado com a nossa namorada/o, com os nossos melhores amigos, com os meus pais e família deve ser guardado numa caixinha que nós temos, o nosso pequeno e frágil coração. Um exemplo disto é que eu gostava de ter passado mais tempo com a minha avó e, desde que a perdi, que penso nisto todos os dias: o que seria de mim, se eu nunca a tivesse visto, falado com ela, tocá-la, conhecido? Mas ainda bem que aconteceu, ainda bem que tive com ela, ainda bem que ela tratou de mim, que ralhou comigo, que eu me zanguei com ela, porque é assim que eu me recordo das coisas e é assim que eu recordo o quanto gosto dela e a cara dela. Encarei o facto dela ter-me deixado e ir para um sítio bem melhor, mas não esquecerei nunca as suas ultimas palavras, ditas a mim: “ai o meu amor, o meu amor”. A minha avó era uma das pessoas que nunca seria capaz de trair, de magoar ou de deixar de amar: ELA SIM É O EXEMPLO QUE TODOS DEVEM SEGUIR. Ela fez de tudo para que eu vivesse, para que eu gostasse, para que eu visse; fez de tudo para estar com ela, fez de tudo para que eu não perdesse o caminho e acreditasse naqueles que estão comigo e ainda os amasse mais do que eu amo agora. Agora, sempre que entro na tua casa velha e gasta por fora, sinto um vazio que me esmaga que nem um insecto. Mas estás lá ainda e desse lugar não vais sair. Porquê? Porque aí residem todas as memórias de uma vida unida e de uma vida completamente sincera. Uma vida preciosa de que estou feliz por ter sido um dos interpretes

 

Estou aqui sentado a escrever isso e devo recordar-vos o facto de não abandonarem as pessoas de que mais gostam. E para quem diz que já não gosta ou ama alguém, isso é mentira: o que realmente aconteceu, é que a pessoa que está à vossa frente apenas não consegue suportar o facto de que um dia as coisas acabam e que nunca mais vos poderá ver porque tudo pode acontecer. Simples facto disto é as pessoas não se sentirem bem com vocês ou porque dizem “tenho que aproveitar a vida”. Para essas pessoas, só digo que isso não é aproveitar a vida, é estragar a vida. É tão bom estar preso a uma pessoa e sentir que ela nos pertence e nós pertencemos-lhe, que ela é a nossa confiança e nós a confiança dela, que nós somos a vida... Se nós somos a vida, então aproveitem-nos, aproveitem aqueles que jamais sairão do vosso lado por qualquer coisa que aconteça e se se querem sentir bem, só basta acreditar em vocês próprios. Não deixem as pessoas que mais gostam de vocês só para vocês se sentirem bem, porque é a pior coisa sentirmo-nos bem na tristeza do outro (acreditem no que eu digo).

Sentir-se bem é estarem juntos dos vossos mais queridos, sentirem-se bem é sentir-se mal para o outro estar bem, isso não é só amor, é segurança, é alegria, é humildade, é vida.

Recordo o bom e o mau, recordo o passado, vejo o presente e sonho o futuro, mas olho para o passado, para me segurar ao presente, para melhorar o futuro. Sou feliz pela minha vida, pelo que passei, pelo que sou e pelo que serei, mas quero que vocês ainda sejam mais felizes que EU.

Não deixem escapar nada pelas vossas mãos, não esqueçam nada do que vocês viveram e agarrem-se às vossas vidas, agarrem-nas com todas as vossas forças, porque nós, nós sentimo-nos bem nos vossos braços, ao vosso lado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Loucura


Bela é esta noite, tem tudo para ser perfeita. Estrelas cintilam sem timidez, a lua atinge o máximo da sua plenitude e demonstra, sem receio, todo o seu esplendor, no seu grande brilho provido do sol. O ar é quente, mas não é sufocante; é tão misto de emoções, tão suave e tão atenuador. O mar está calmo, não se mexe, apenas se ouve baixinho os seus sussurros e as lamentações e, juntamente, as histórias que foram-lhe contadas e partilhadas ao longo dos anos, das gerações e do mundo. Carrego apenas uma carta, que fora escrita aquando não estava sozinho, graças a uma garrafa de vinho que segurava e que se ia esgotando a cada 10 passos na estrada. Tiro-a do sobretudo, e todo o brilho, a magnificência da luz da lua e toda as suas memórias voltava-se para mim, como se eu fosse iniciar um monólogo no meio de um palco mas, desta vez, estava sem público.


"Será agora?" - Pergunto-me eu, já com a carta na mão, evitando-a desembrulhar. Podia ser naquela noite que libertava e ganhava a coragem para te ligar, para te falar, para te escrever. - "Não, não é esta noite"


Sento-me à beira da água, mantendo distância para ela não me molhar e olho mais uma vez para aquelas folhas de papel. Mesmo sem ter ido para o mar ou uma onda me chegar, elas já estavam molhadas. Estavam molhadas das lágrimas que me escorriam pelo meu rosto de expressão obscura, cansado e calmo. Não estava triste nem feliz, não eram lágrimas de felicidade nem de tristeza. Eram lágrimas 'secas', secas de sentimento, vivências ou de amor. Era só água salgada sem qualquer importância. 

"Olá minha querida. Sou eu mais uma vez, aquele que ficou à tua espera, do outro lado da rua, sentado na calçada gélida e lisa que atravessava toda a estrada em frente do teu abrigo, naquele em que te escondias e defendias das ofensas, da perversão e da culpa que atinge este nosso mundo. Sou eu, sou eu aquele que te esticava a mão para te agarrares a mim e que te sorria para não sentires medo. A verdade, é que sentias isso, tremias de me ver, mas não hesitavas em olhar para mim mas nunca nos olhos. Eu continuava sereno à tua espera, só me indo embora à noite, quando entravas nos teus sonhos, nos quais eu podia ou não fazer parte deles, podendo-os transformar em pesadelos. Não queria ser recordado assim, sendo eu a pessoa que te fazia acordar em sobressalto no meio do teu belo sono, o único momento do dia em que tu devias estar protegida e munida de todo o mal à tua volta. No outro dia, lá estava eu, sentado no mesmo sítio, na mesma posição, a olhar para ti, a sorrir para ti e a esticar-te a mão. Desta vez falei-te: 'Esquece os males, esvazia a tua Vida e deixa-me encaixar-me na nova que vais tomar. Também eu já levei com tudo de pior no que devia ser bom nesta Vida. Já passei e já me escondi também dos outros que me esticavam a mão, olhando para mim com a calma estampada no rosto. Também eu já estive no chão, já fui violentamente agredido pelo horror, terror e dor; Já me bateram até quase não respirar, já me espetaram tantas coisas mais afiadas do que facas e que magoavam ainda mais. Nem a morte fazia apagar as nódoas negras e todo o susto e a maldição que lançaram sobre o meu ser frágil e fraco. Mas consegui tal como tu irás conseguir, tal como tu também passarás por este mal e conseguirás ultrapassar a maldade existente e também tu conseguirás confiar em mim. Pelo menos olha-me nos olhos e vê que eu não estou a mentir; se não vires, ao menos sente toda a força que te quero transmitir. Quero-te salvar de toda essa agonia e mágoa em que te fechaste. As coisas mudam e tu podes mudar e eu serei, neste momento quem te pode trazer ao antigo estado que era tão habitual em ti. Quem sou eu? Sou um conhecido e um estranho. Sou tão familiar e tu conheces-me tão bem. Mas agora quero ser um estranho e é por isso que não sabes quem sou e tens medo de me seguir. Mas, e se eu te dissesse que tenho em mim o poder para te fazer voar por entre aquilo que desejas e tenho o poder de fazer tornar real aquilo que queres agora? Que tenho em mim a Vida que desejas, a União de que necessitas e a Felicidade que nunca havia sido encontrada? Agora queres vir comigo? Quero tomar posse do teu olhar esbelto e mergulhado pelo mar; quero tomar posse do teu rosto transtornado e transformado pelo que pior tem o mundo. Quero que te entregues a mim agora e vou-te perdoar por tudo o que fizeste, pelo que te tornaste agora e pê-lo tempo que demoraste a chegar. Não tens culpa, nem tu nem eu, quem a tem, só o horror que te mudou para o teu recente estado. Esse eu não perdoo, nem que ele prometa nunca mais te aterrorizar. A esse, eu quero matá-lo, torturá-lo e sufocá-lo por tudo o que ele te fez. Mas não estou aqui por causa dela mas de ti. De ti e de mim... Estou doente, doente de Amor, que me já trouxe ao desespero e que me vêm assombrando noite após noite. Vejo o teu nome em todo o lado, repetida em todo o lado para que me viro. Estou louco e tu, és a minha cura. És aquela que trará neste momento a Paz ao meu mundo tão negro, obscuro e terrivelmente sinistro. Tenho medo mas tu podes-me salvar. Não sabes, mas somos o herói um do outro. És a droga que me faz bem e são as memórias de ti que me fazem alucinar e voar. Estou cego, estou quase morto pelo que me fazes. Mas que morra depressa, porque nesse momento sei que já estás comigo"


Meto outra vez a carta no bolso; Não te disse nada, apenas a li para a noite maravilhosa, com a esperança de que o vento leve as minhas palavras até aos teus ouvidos:


"Dorme bem meu amor, estarei aqui para sempre"




Desculpa por tudo o que se passou minha pequena, a sério. Desculpa por tudo

terça-feira, 23 de março de 2010

C*ralho



Hoje tive exame de Percussão. Depois de uma semana a estudar bastante, 4 horas do exame para estudar, nem almoço comi e resultado: um 8 no meio da fuça. 

Normal, depois de me ter armado em calão este período todo é normal que assim aconteça. E para ajudar à festa, os nervos estavam tão meus amigos hoje que só de olhar para uma simples baqueta me dá vontade de chorar. 

Nada está perdido, sexta vou tocar a solo à frente de uma multidão de espectadores. Seja o que Deus quiser, ou melhor, ele quer o meu bem, eu é que sou TÃO estúpido que deitei tudo a perder.


Agora? Não vale a pena lamentar-me, para o próximo período vou remediar as coisas e aí sim, vou provar o que realmente sou capaz, pois todos os que estavam na sala reconheceram que sou capaz e que sou bom músico, mas sou preguiçoso e parvo.


Mais uma coisa, desculpe professor, se o deixei mal, não era minha intenção mas é minha culpa

domingo, 21 de março de 2010

Caminhar


Escuro, deserto e incerto. Este é o caminho em que estou. Esta rua parece não ter fim; quanto mais ando, mais me perco e não encontro o destino.

Olho para todos os lados da estrada... Não vejo ninguém, nenhum ser. Só vejo um caminho, sem fim na sua frente, mas com limites no seu lado. Não me atrevo a chegar às suas extremidades. Não quero, tenho medo de cair, tenho medo de me perder e não me encontrar. O que se passa, onde estou e o que é isto tudo. 

"Olá?" - Pergunto eu ao infinito mas sem esperança de receber resposta. Mas estranho, eu oiço mais alguma coisa, eu oiço algo. Eu continuo a ouvir e a sentir. Fecho os olhos e concentro-me nesse zumbido, nessa coisa pequenina, ínfima, quase inexistente. O que é? Oiço melhor, só me interessa aquilo. "Olá, olá, olá, ...". É o meu eco, é a minha voz a soar neste longo e interminável vazio.

Cansei de olhar para a esquerda, para a direita e para a frente.

Olho para cima e vejo estrelas, pequenas e brilhantes. Quero agarrá-las e elas sorriem para mim. Não lhes chego, mas estou feliz. Tenho algo pequeno mas tão belo a olhar por mim.

Olho para trás, e vejo uma história; sou o protagonista, sou eu o actor principal de vários capítulos. Mas que livro é este, que páginas são estas transcritas e revestidas de imagens com pessoas que não conheço, mas me parecem familiares. Os seus rostos estão desfocados, mas sinto que eles são actores secundários nesta peça. Aceno com a mão, como se dissesse adeus. Mas eles não me respondem. Continuam como se eu não estivesse ali. Então grito, grito bem alto e novamente apenas oiço a minha voz. 

Caio agora no chão, perdi o equilíbrio e a força nas pernas. Meto-me de joelhos e levo as mãos à cara. Estou tão confuso e olho novamente para cima. As estrelas brilham agora mais. Estou sem palavras, estou maravilhado e tão assustado. Quero fugir mas não encontro poder para me trazer ao de cima. Estou sozinho... Tão abandonado, tão triste, tão vítima daquele filme que antes vi. 

Sinto uma mão a pousar-me em cima do ombro, viro-me rápido, receoso de algum mal que me queira levar fora daqui. Mas não era nada de mal, nem era uma mão sequer. Um pequeno clarão de luz tocava-me e dançava à minha volta, mas parecia tão sólido ao ponto de sentir as suas pequenas partículas a tocar-me em todo o corpo. Tinha as cores todas do mundo, era quente, agradável, brilhante e tão atraente. Levanto a mão para lhe tocar e oiço novamente a minha voz, oiço aquilo que disse antes, logo no inicio deste pequeno passeio. E oiço voz de pessoas, que estupidamente são as vozes de todas as pessoas que vi naquela "cassete". É mágico. Consegui levantar-me, apoiando-me nesta luz imensa que ainda me rodeava. Inesperada e magicamente, vi o caminho escuro que estava à minha frente a abrir-se para mim. No fundo, estavam lá todas as pessoas que estavam atrás de mim. Acenavam-me e diziam "Vem ter connosco, estamos à tua espera". Começo a correr e, desta vez o caminho parecia não se prolongar. Via a perspectiva de me aproximar deles cada vez mais real. É agora, vou chegar perto, estou quase a tocar-lhes...

Abro os olhos, "Afinal não passa de um sonho. Mas agora sei que não estou sozinho". - Digo eu a sorrir.


(Obrigado a todos os meus Amigos)

Minha Pequena #2

Hoje foi preciso beber mais do que o costume para perceber que gosto muito de ti. Tudo isto porque tive ao telefone com o Ribeiro para perceber que agora és tu quem eu quero. Não faço ideia do que se tem passado ultimamente, o que mudou e o que ficou igual. Desconheço tudo neste momento, apenas reconheço o meu estado caótico e totalmente inevitável - estou num estado lastimável, não me conheço, mas sei o que quero e, principalmente, sem quem eu quero. Sabes tu muito bem que pouco tempo não significa gostar menos de alguém, pois nada é certo. Custa-me escrever isto tudo, não sei sequer o que estou a fazer agora. Tu és tão perfeita e quero juntar-me a ti agora, antes que seja tarde demais. Dá-me a tua mão, segura-te a mim e deixa que eu te faça voar, como ninguém nunca o fez. Não sei, mas eu sei que tenho essa magia, tenho esse poder e o dom de te deixar mais feliz do que a qualquer outro. Amo-te, nem sei bem o que é, mas neste momento sem ti não dá. Não estou a dizer que vou desistir, mas és tu agora, Já te trocaram mas não o farei; não, porque não sou cobarde o suficiente para largar aquilo que me poderá fazer feliz. Agarrei-te agora e custa-me deixar-te e não o quero. Ter-te comigo só mepode fazer fazer feliz e nunca me fazer mal, mas é agora, que não te tenho, que me está a deixar triste e sem corrimão para segurar. As pernas tremem e fraquejam, os braços não tem força para me levantar e olho para o chão, com a vista húmida das lágrimas que escorrem pelo meu rosto abaixo. Fica comigo, só desta vez, levar-te-ei a novos sítios, a novas paisagens e a novas descobertas. Deixa-me tocar-te, sentir-te e gostar de ti. O que para trás agora não interessa, porque agora estás tu no meu presente.


Por favor, fica aqui ao meu lado, Porque sem ti, não tem mais sentido algum minha Pequena.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Já está!


E pronto, o blog já atingiu uma centena de visitas.


Tou mesmo contente :D


Pois é, para alguns a música do meu blog pode ser ridícula por várias razões:

  • A música é Japonesa;
  • Não percebem a letra;
  • É bastante lamechas.

Desculpem então lá qualquer coisinha, mas eu gosto. Mas encontrei várias soluções:

  • Se é Japonesa, ou seja, estrangeira, e vocês não gostam, então caguem para a música americana e irlandesa e passem a ouvir música nacional - Ou então, se é Japonesa e não gostam por ser Japonesa, então devem adorar Britney Spears (Não é Japonesa, mas é RIDÍCULA);
  • Se não percebem a letra, venham aqui e procurem sobre a música (O nome está no canto superior direito);
  • Se é lamechas... Opa, remédio santo, vai ouvir as tuas.


E só digo, esta é a minha banda preferida, tem tudo de mais completo.


(Digo isto tudo, mas ainda não tive nenhuma reclamação :$)



domingo, 14 de março de 2010

Sou maluco caralho!



Os dias de hoje tendem a ser confusos, tendem a ser desoladores e "negros", negros como a noite, mas sem estrelas, sem lua, sem gente. A esperança perde-se em cada passo que se dá numa rua, em que as pessoas só se conhecem por uns poucos segundos, quando se olham apenas uma vez. As pessoas esquecem-se, tornando-se robôs daquilo que mais temiam, enganando-se, pensando que obtiveram a liberdade, quando continuam prisioneiros de eles próprios e dos seus receios. Os únicos que restaram são dois tipos de gente: os que são chamados de malucos e as crianças. Estes primeiros, vivem presos no seu próprio drama, somando a prisão que a própria sociedade lhe impõem, tirando-lhes a sua vida. Os segundos, as criancinhas, vivem no seu mundo de fantasia, no seu mundo de sonho, desejando proteger aqueles que mais gostam e entregando-se a si e ao seu coração à Natureza infinita; mas, pouco-a-pouco, enquanto crescem, vão perdendo a sua essência, a sua pequena e frágil inocência e são corrompidas, exploradas e abusadas pelo povo que , um dia atrás, as decidiu proteger.

Quem imaginou, que aquilo que foi construído para nos proteger, fornecer amor, carinho, paixão e, mais importante, união, viria a tornar-se o monstro que nos vai perseguir pelos anos fora, que alimenta a nossa alma com sujidade tal, que nos transforma no nosso receio e nos envolve em esquemas e nos alicia a viver na nossa própria desgraça e no nosso desespero.

Todos os dias isso acontece; todos os dias nos afundamos mais e não nos conseguimos libertar, de tão presos e de tão fundo estamos. Não existe corda, não existe super-heróis  prontos a içar a sua mão e a estender a sua magia aos mais fracos. Não existe cor, não existe luz. Existe frio e lágrimas secas de sentimentos e emoções. Existe vazio, não existe fundo, não existe tudo mas existe nada. Deixou-se de sonhar, deixou-se de acreditar e de depender dos outros e nunca de nós próprios. Mas para quê, se de facto não nos importamos: se tivermos, temos; se não tivermos, não temos. Paciência. Onde está a luta, onde está aquilo que se construiu e onde está o Amor que se tanto fala. Inventaram um conceito para uma coisa inexistente que só tolos e chanfrados da cabeça acreditam. É tudo deitado por fora porque já não existe aquilo que nos move, não existe o suor, é preferível desistir e enganarmo-nos do que enfrentar o susto e não virar costas à batalha. Viver, o que é viver, o que é? O que é essa palavra que vem ser usada durante milénios, o que é Deus, o que é Jesus, o que somos Nós?

Não sei nada, não sei. Mas tento perceber, não me custa. O Sol teima-me em bater na minha cara, viro-lhe costas, mas então, sinto o calor. Eu gosto e estendo-lhe a mão. Não o toco, mas mesmo sem contacto físico, ele faz-me sentir bem, faz-me sentir seguro de todos os males. Agora percebo. Agora eu sei o que é tudo, eu sei o que é a Vida.

A Vida é o Bem e o Mal, e nenhum poderia existir sem o outro. A vida é beleza, é brilho nos olhos, é alegria no coração das pessoas. A Vida é chorar e rir, a Vida é gritar bem alto, a Vida é respirar a Natureza, a Vida é ajudar. A Vida é perfeita e desengane-se quem pensa o contrário. A vida foi nos dada, não é preciso respirar nem estar presente, porque, um grande exemplo disso, são os falecidos, que nos trazem companhia e nos fazem recordar todos os momentos com eles passados. Momentos não, fazem-nos recordar as Vivências por nós conseguidas. A Vida não é uma obrigação, a vida não é esforço, não é morrer de tentar; a Vida é Natural, a Vida é nossa, a Vida é instinto. Sejam doidos, sejam crianças, vejam o mundo num arco-íris, voltem a sonhar, voltem a ser os heróis que queriam se tornar aquando crianças, voltem a sorrir para vida, voltem a viver. Deus quis isso, Jesus sacrificou-se. Se Deus existe, Ele não quer o nosso mal. Nós quisemos a liberdade para viver e Ele deu-nos. Nós estragámos isso. Ele deu-nos o que queríamos e nós desperdiçámos o que Ele nos entregou. Ele sim, precisa de receber um pedido de desculpas enorme pelo nosso estado presente. Tornámo-nos egoístas e nossos escravos e não sabemos o que é a felicidade. Ela existe, tudo existe, tudo é possível. Basta acreditar, basta imaginar. Nós conseguimos, nós conseguimos mudar este mundo, nós conseguimos torná-lo realidade agora, no tempo mais importante. Sim, porque Passado é História, O Futuro é um Mistério, mas o Presente é uma Dádiva. Por isso, vivam! E sou Maluco com orgulho!