domingo, 17 de outubro de 2010

Anda coração, anda

Hoje, quando estava a jantar com uns amigos, uma amiga que lá se encontrava disse-me "o verdadeiro amor não se procura, encontra-se". Eu sabia disso porque há muito tempo que penso nisso; sei que o que ela disse fazia sentido porque, quando se procura, mais se perde.
Como já disse anteriormente no blog, sinto um vazio dentro de mim que não está preenchido, está vazio e com um buraco enorme que necessita de ser cheio. E ontem, algo se passou comigo que nunca tinha sentido antes.

Fui ver um concerto (MUITO bom, por acaso) e, enquanto estava à espera para entrar na sala, encostado à parede da Aula Magna, vi uma rapariga bastante bonita. Tinha pele branca, com um pouco de cor, tinha uns cabelos castanhos e tinha olhos pintados de preto; estava de calças brancas, casaco castanho e por baixo tinha um de cor verde; tinha um belo sorriso e uns olhos bastante encantadores. Parecia bastante simpática, bastante querida. Tinha algo que me fascinava.

Enquanto permanecia encostado à parede, à espera da abertura da sala e a guardar as minhas malas de "trabalho", procurava por ela quando ela ia dar uma volta com a mãe. Por sorte a minha, a última paragem dela foi mesmo à minha fremte e ainda com a mãe. Vi o pai dela chegar e percebi que era músico, tocava na Banda Sinfónica da PSP. Decorei logo a cara dele para perguntar a um amigo meu que de certeza o conhecia.

Peguei nos meus fones, pu-los nos ouvidos e fiquei a mirá-la sempre que podia, sem ela perceber. Mas às vezes quando virava os olhos para ela, os nossos olhares cruzavam e eu escondia a cara... Mas deu-me a impressão de que ela também me espreitava.

A porta aberta e lá avancei, atrás dela. Sentei-me duas filas à frente dela e, quando olhava para trás sorria por a conseguir ver, até um homem decidir estragar a minha bela "visão" e sentar-me mesmo em frente dela, tapando-a. "Perfeito" - pensei eu. Tentei várias vezes olhá-la, mas não consegui. Só mesmo depois do final do concerto, quando me levantei, ainda a vi sentada. Mas ia embora feliz porque ainda a vi e estava satisfeito pois já sabia quem era o pai dela. Consegui arranjar umas informações sobre ela mas ainda me falta descobrir mais umas coisas.


Foi a primeira vez que isto me aconteceu. Estou maluco, totalmente maluco por ter visto alguém como ela. Nunca me senti assim e gostei, gostei de estar assim e à muito tempo que não me sentia assim. Ainda não sei quem ela é, nem a conheço e só a vi uma vez, mas como diz o ditado, «A esperança é a última a morrer» e eu ainda acredito que a posso reencontrar e estar com ela mais uma vez.