terça-feira, 9 de março de 2010

Obrigado minha pequena


Pediste-me assim, do teu jeito de brincadeira, para te escrever qualquer coisa no blog, quando o mostrei. Pediste e eu agora vou-te realizar o pequeno desejo.

Chegaste até mim quando mais precisava, como se soubesses que eras essencial para a minha alegria, como se adivinhasses que estava desesperado e consequentemente a precisar de toda a ajuda do mundo. Entraste no meu pequeno mundo que estava disposto a fechar-se para tudo o resto e a cruzar os braços e a lamentar-se na sua pena e no seu sofrimento. Como me têm dito, muitas das coisas boas nascem de coisas más e isto foi uma das tais. Mesmo no escuro, mesmo quando não havia um pingo de cor naquilo que eu via e vivia, tu trouxeste tudo de bom contigo, trouxeste a luz, o arco-íris e ao mesmo tempo, levaste de mim tudo o que era mau. Minha pequenina, fizeste-me crescer e então soubeste fazer-me voltar, trazer de volta tudo o que era e, ao mesmo tempo, mudar o que eu sou. Pouco a pouco, foste criando a mim uma história com sentido, com cabeça, tronco e membros e foste escrevendo a nossa vivência, na página em branco da vida. És a minha escritora, és a autora de todos os melhores momentos que tenho passado ultimamente, foste tu que desenhaste o meu novo e melhorado sorriso e foste tu que cantaste as mais belas palavras ao meu ouvido. És tu, a mulher de toda a arte mais que perfeita apenas existente neste meu mundo, que estava prestes a ruir, mas tu decidiste aparecer do nada e reconstrui-lo e modelá-lo ao teu belo jeito. Cada dia que tem passado tenho pensado nisso, de seres tu a construtora dos meus sonhos e quem mais dedica o seu tempo no meu melhoramento. Não descansas enquanto não me tornas perfeito. Mas perfeito, não no sentido de ser melhor, mas no sentido de ser o mais feliz e o mais completo. Não pensei em escrever-te isto, pois à muito tempo tenho-te sentido afastada, ou talvez tenha sido eu a fazê-lo, mas quero-te de volta, quero ser novamente o teu objecto preferido de transformação, quem mais me altera para me sentir bem comigo e contigo mesmo. Tenho pensado em ti e tenho-me sentido cheio de vida, cheio de alegria e cheio de cores. Vejo agora tudo branco e tu cada vez mais perto, estico a mão para te alcançar e ao mesmo tempo respiro de esperança de te tocar na cara e dizer-te "Xiu, ouve, ouve o barulho do meu coração quando estás perto de mim". Não precisas falar, só sentir. És simplesmente única e orgulho-me todos os dias de te ter conhecido, quero envelhecer contigo, chamar-te macaquinha, cagalhona e todos os nomes que são fofos para nós. São fofos e só nós sentimos o que eles realmente significam. É para sempre, é para sempre. E se algum dia achares que é o fim, então diz-me. Diz-me porque nesse dia eu morri.


Amo-te Chicca

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