Desde pequeninos que ouvimos dizer dos nossos pais, avós e restantes familiares que "estuda para sers alguém na vida". Eles programam-nos para seguirmos as pisadas de biliões de humanos seguem. Isto não é uma crítica, pois estudar e aprender é fundamental, é importante para a evolução e para o conhecimento. Mas algumas coisas são completamente dispensáveis.
Por exemplo, essa frase... Será que se eu não tirar o 12º ano serei menos que alguém que tirou um mestrado? E o que é que é um pai de família, que teve deixar os estudos na antiga 4º classe para ajudar a família a sobreviver aos tempos difíceis que poderiam servir e que agora é empregado num supermercardo ou em algo parecido? É diferente do Primeiro-Ministro, só porque possui menos conhecimentos educacionais que este último?
É o que esta expressão quer dizer e vivemos manipulados à volta desta, vivemos nos desejos dos nossos pais de sermos isto ou aquilo, e que temos que nos sobressair sobre todos os outros seres e de sermos superiores a toda a gente - não partilho dessa opinião. Concordo que tenhamos de marcar a diferença com aquilo que somos e com os nossos actos e com as atitudes que tomamos. Somos iguais por dentro, mas cada um tem uma característica que faz saltar á vista mais facilmente que todas as outras... Isso chama-se dom ou talento. E muitos trocam isso para fazerem outras pessoas felizes menos a si próprios; ou trocam por coisas que não valem a pena ou pela sua liberdade. Esta realidade é cada vez mais comum porque o humano se tornou mais dependente da rotina, do que é moralmente aceite por toda a sociedade e não o que é real para si.
Estas diferenças que temos servem para vermos o mundo com outros olhos e para o aproveitar, mas estamos tão cegos quanto ao que os outros fazem que queremos fazer também. E, no fim, esquecemo-nos do que nos tornava tão especiais e quando tomamos consciência, é tarde demais. Estas nossas capacidades únicas de fazer alguma coisa diferente não tem a ver com ganhar dinheiro, ser famoso ou ser o melhor e o "Special One" do mundo. É algo que fazemos por nos deixar felizes e querermos mais seguir essa tendência singular.
A vida não está escrita em livros, em manuais e em folhas escritas por algum sujeito que de repente decidiu guiar o próprio destino das pessoas. Não são as leis que definem uma sociedade mas a própria vontade dos seus cidadãos de caminhar pelos seus proprios pés e não tomar atalhos, caminhos menos perigosos e de tomar as suas próprias decisões. Os dons trazem o instinto e eliminam a consciência, instalam a impulsividade e expulsam o domínio. A vida é para ser vivida, ao seu ritmo, sem que ninguém interfira, sem que haja uma educação, uma justiça e uma política eternamente corrompida que serve os seus próprios interesses e não os dos humanos. Se somos um, se somos todos parte do mesmo, temos que nos tratar como tal antes que isto tudo desapareça e seja tudo esquecido. A vida é algo perfeito, concedida para ser aproveitada e caminhando de maneira diferente e por estradas diferentes, que nos é dada como um dom. Arrependemo-nos do que foi ou não feito, magoamo-nos, levantamo-nos, caímos outra vez, e no fim morremos. É isto a vida e não deve ser mudada. E não sou um ninguém, sou alguém porque existo e, sou alguém não por ter conhecimentos, não por ter dinheiro e por ter uma grande empresa, mas sou alguém por ter amigos e família, de poder ter felicidade e tristeza, de espalhar alegria às pessoas que me redeiam. Sou alguém por aquecer o coração a outro alguém e de me deixar levar pelas emoções. Sou alguém porque vivo à maneira que eu quero e mesmo que para alguns não seja a maneira correcta para alguns, para outros sou um orgulho e uma boa companhia para se ter sempre ao lado!